Depois das denúncias apuradas pelo SINTRASE e representantes do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), relacionadas à merenda de várias escolas estaduais, o Conselho se reuniu na manhã desta segunda, 30, para discutir os problemas colocados em pauta. O encontro contou também com membros do Departamento de Alimentação Escolar (DAE) e aconteceu na Secretaria da Educação (Seed).
Escassez de alimentos adequados, como a proteína (carnes) no cardápio dos estudantes, problemas na logística e nos processos licitatórios da merenda e falta de um quantitativo adequado de profissionais (como nutricionistas) foram os principais pontos levantados no encontro. A conselheira do CAE, que também é merendeira da rede estadual e diretora do SINTRASE, Erika Leite, abordou em detalhes o que vem percebendo através de visitas nas escolas do estado. “É de indignar qualquer pessoa o que vem acontecendo (nas escolas) da capital e interior. Faltam não só produtos para uma refeição adequada, como também alimentos simples e básicos, como temperos”, destacou. A conselheira esteve em visita nas últimas semanas em escolas da DRE7 (Gararu e Nossa Senhora de Lourdes) e da periferia de Aracaju.
Outros problemas
Em entrevista ao programa Giro da Noticia da Rádio Cultura, na última quinta-feira, 26, quando questionado acerca da questão de uma provável terceirização da merenda escolar como forma de resolver os problemas da merenda, o presidente do SINTRASE, Diego Araujo, foi categórico ao afirmar que todos esses impasses referentes à escassez da merenda são ocasionados pela má gestão do Governo Jackson Barreto e do seu secretário da educação, Jorge Carvalho. “Estes discursos só servem como uma forma de jogar a comunidade escolar contra as merendeiras e levar a população a crer que a terceirização é a solução. Mas isso não é verdadeiro. A sociedade sofre, mas os servidores também são prejudicados, com falta de recursos para preparo das refeições e ambientes de trabalhos inadequados. Os servidores não podem levar a culpa pelo caos da merenda, que é fruto da atual má gestão”, destacou o presidente.
Uma nova reunião ficou agendada para o próximo dia 21, entre membros do CAE e DAE. “Aguardamos a presença da diretora do DAE, Maria Creuza Brito, para que haja, realmente, uma mudança na realidade da merenda dos estudantes em 2016”, declarou Erika. A conselheira referiu-se à ausência da diretora na reunião desta segunda, que foi marcada a pedido da própria diretora e que, alegando um compromisso de ordem maior (reunião com o governo do Estado), acabou não comparecendo ao encontro.
O local do próximo encontro ainda vai ser definido.
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