Mesmo sob forte chuva na manhã desta quinta, 30, servidores em greve de Estância e municípios vizinhos realizaram mais um ato de protesto para pleitear a implantação integral do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da categoria. Paralisados há 36 dias, os servidores se manifestaram para chamar a atenção do governo e sociedade ao descaso em que o funcionalismo público estadual se encontra.
O protesto, que agrupou em sua maioria merendeiras do estado, ocorreu em frente ao prédio da Diretoria Regional de Educação (DRE 01), ligada à Secretaria do Estado da Educação (SEED). “Estamos aqui, mais uma vez, para reivindicar o que é nosso por direito; não estamos pedindo favor ao governador”, disse uma servidora na manifestação.
Na ocasião, o coordenador do SINTRASE, Diego Araújo, e a diretora, Maria José Atanásio, foram recebidos pelo diretor da DRE 01, José Whellington de Almeida. “Solicitamos ao diretor uma fiscalização mais efetiva da DRE nas escolas dos estados, principalmente no que tange aos equipamentos de proteção individual (EPI´s) para os funcionários que atuam em situações de risco; esta que é uma das maiores reclamações destes servidores”, declarou Diego. “A manifestação de hoje mostrou que, mesmo após um mês da decretação da greve, os servidores se mantêm unidos e determinados a continuar paralisados até que haja um ganho real para a categoria”, completou.
Negociações com o governo
Iniciada em 25 de junho, a greve dos servidores já contabiliza alguns avanços, entre eles, a regulamentação, no último dia 10, do adicional de 30% referente à periculosidade dos vigilantes do estado. “Serão cerca de 1.500 servidores contemplados por este benefício, o qual lutamos desde 2010 para ser regularizado e que já foi disponibilizado este mês para a categoria”, declarou Diego. Além disso, de acordo com a direção do sindicato, um canal de diálogo – ainda que tímido – foi aberto com o governo durante a suspensão das atividades. “Fomos atendidos pelos gestores da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplag) e Procuradoria Geral do Estado e requisitamos maior atenção às nossas exigências, pois as causas dos servidores da administração geral são urgentes. O governo ficou de apresentar, nos próximos dias, uma contraproposta para a categoria, como o desbloqueio dos ganhos, para que haja, assim, um avanço mais concreto. Até lá, a greve da categoria segue por tempo indeterminado”, finalizou o coordenador.
Uma nova manifestação está prevista para a próxima terça, dia 4, junto com outras 13 entidades sindicais que participam do Movimento Intersindical de Sergipe. O ato acontecerá em frente à Assembleia Legislativa (Alese), a partir das 8h, na Praça Fausto Cardoso, centro da cidade.
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