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Em Pinhão, servidores protestam contra recusa da prefeita em negociar com o sindicato

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A população de Pinhão foi surpreendida na manhã desta quarta, 26, pela mobilização pacífica dos servidores municipais em frente à sede da prefeitura. Em repúdio às atitudes tomadas pela prefeita, Ana Rosa dos Santos, desde o início da sua gestão, o SINTRASE e a categoria protestaram contra a falta de abertura de diálogo por parte da gestora municipal. “Desde janeiro, quando assumiu o cargo, a prefeita tem evitado contato com o sindicato para negociar as demandas dos servidores. Então, não nos restou outra alternativa a não ser reivindicar”, revelou o presidente, Diego Araujo. A decisão em realizar a manifestação foi firmada com a categoria em assembleia do último dia 4.

O dirigente alega que alguns direitos trabalhistas estão sendo negados a cerca de 150 servidores do quadro municipal, como o não pagamento do salário família. Outros pontos a serem discutidos com urgência são o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e os adicionais de insalubridade e periculosidade. “Está em andamento a fase de coleta de documentos para o jurídico do SINTRASE iniciar as solicitações dos adicionais na justiça”, declarou.

A diretora administrativa, Elma Andrade, lamentou a ausência, mais uma vez, da prefeita e falou sobre a dificuldade em manter uma relação amistosa. “Esperávamos que com o ato os dirigentes do sindicato fossem chamados para conversar, mas não houve qualquer interesse por parte da prefeita”, afirmou. “Nem os servidores e sindicato conseguem achá-la, nem resposta à imprensa a prefeita dá. Fica cada dia mais difícil negociar”, disse.

 

 

 

 

Ameaça a servidores que estavam no protesto

Durante o ato, um aviso de que “quem estava participando do protesto seria punido” chegou a um grupo de servidores que estavam no protesto. “Uma pessoa que trabalha na escola veio me dizer que a ordem para cortar o ponto do dia ‘veio de cima’, e que o servidor que estivesse na manifestação sofreria uma penalidade”, afirmou a merendeira, Elenilde dos Santos. “Eu cheguei 25 minutos mais cedo no trabalho justamente para adiantar meu serviço e saí para ir ao protesto e depois voltei à escola”, explicou, indignada com a ameaça.

A servidora, que trabalha na Creche Maria Regina de Oliveira, disse ainda que apesar da intimidação, vai continuar participando da mobilização. “Não vou abrir mão de participar dos atos. A prefeita não é dona da prefeitura, ela ‘está’ prefeita’ e eu não ‘estou’, eu ‘sou’ funcionária”, disse.

Possibilidade de greve

Diego não descarta uma paralisação das atividades dos servidores, caso a intransigência por parte da prefeita continue. “Reafirmo aqui o pedido de abertura de negociação com o sindicato. Esperamos que a prefeita nos atenda e que possamos resolver as pautas administrativamente. A greve não é vantajosa para ninguém, mas pode sim vir se tornar nosso instrumento de luta após o esgotamentos das outras opções”, finalizou.

 

 

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