Servidores da Administração Geral decidiram na manhã desta terça, 3, pela suspensão da greve por 30 dias. Na assembleia que lotou o auditório do Sindicato dos Bancários, a categoria, parada há três meses, optou por cessar a paralisação até o final de maio, já que o Governo se comprometeu a implantar integralmente o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) neste mês. A volta às atividades está prevista para a próxima segunda, dia 9.
De acordo com a direção do SINTRASE, a categoria suspendeu temporariamente a greve como uma estratégia para facilitar o canal de negociação entre sindicato e Governo e não comprometer os vencimentos dos servidores. Ainda segundo o sindicato, há o risco real de corte de ponto dos grevistas pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) mesmo sem a decretação da ilegalidade pela Justiça, como já ocorreu na última greve em 2015, que acabou prejudicando muitos servidores. “A categoria, em sua grande maioria, optou pela suspensão da greve durante este mês de maio, ou seja, por quase 30 dias, porque o corte de ponto é algo extremamente possível nesta gestão, que age muitas vezes de forma arbitrária e que, se ocorrer, vai prejudicar uma classe que já recebe menos de um salário mínimo”, informou o presidente, Diego Araujo. “Mas é importante destacar que isso não representa o enfraquecimento da categoria ou que ela desistiu da luta pelo Plano”, completou.
Para a diretora administrativa, Elma Andrade, a suspensão temporária não significa que a categoria não deva continuar mobilizada. “Apesar de muitos servidores terem aproveitado o espaço na assembleia para declarar o voto a favor da continuidade da greve, a maioria entendeu que a suspensão seria a melhor escolha neste momento. A categoria pretende continuar em vigília, com a mesma força e mobilização, pois foi decretada apena a suspensão e não os encerramentos da luta e do canal de negociação. Os servidores, inclusive, já saíram da assembleia com as datas dos próximos atos de protesto definidas”, declarou. A diretora se refere às manifestações da categoria agendadas para os próximos dias 12 e 19 de maio; esta última, que acontece na véspera da reunião oficial com o governador, em 20 de maio, cuja data foi definida no último encontro do SINTRASE com o governo.
“Uma reunião foi marcada presencialmente com Jackson Barreto ontem (2), na presença também do vice-governador e chefe da Casa Civil, Belivaldo Chagas, e o secretário estadual do Planejamento, João Augusto Gama, para a sexta, dia 20, quando o governo, de fato, vai apontar definitivamente a implementação do PCCV. Até lá, os servidores pretendem voltar aos postos de trabalho, mas continuarão participando de protestos para mostrar que a categoria está fortalecida. Caso não haja definição concreta para implantação Plano nesta reunião do dia 20 – já que JB havia pronunciado durante a greve que o PCCV da Administração Geral seria pago agora em maio – uma nova assembleia será chamada para definir os rumos das negociações”, finalizou o presidente.
Os mais de 8 mil servidores paralisados devem voltar ao trabalho na segunda, dia 9. Os detalhes sobre os atos dos dias 12 e 19 de maio serão divulgados em breve.
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