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Servidores encerram paralisação de 72h mas não descartam nova greve por tempo indeterminado

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Integrantes e filiados do SINTRASE e de outras entidades sindicais da base estadual (Sintasa, Sinter-SE, Sindifisco, Seese e Sindconam-SE), com o apoio da CTB-SE, realizaram na manhã desta quarta, 5, em frente ao Palácio dos Despachos, um ato unificado para sinalizar o encerramento da paralisação de 72h de variadas categorias. Os participantes da mobilização que começou na última segunda, 3, pela Campanha Salarial 2017, criticam o parcelamento e atraso dos salários dos servidores e pedem a reposição salarial.
“Estamos há 54 meses sem reajuste nos salários. Não é uma solicitação de aumento ou gratificação, e sim, o cumprimento dos direitos de trabalhadores. São 33% de perdas salariais acumuladas durante este tempo. Significa dizer que no fim do mês, deixamos de receber um terço do nosso salário. Isso é um absurdo real e total”, explanou o presidente, Diego Araujo, que reforçou no ato o apelo dos servidores da Administração Geral, uma das categorias mais prejudicadas pelo governo.
“Temos mais de dois mil servidores do estado ganhando menos de um salário mínimo por mês. Essa é a política do ‘desgoverno Jackson Barreto’, que também maltrata a população quando maltrata o servidor e que sucateia os serviços públicos do estado”, discursou.
O dirigente ressaltou as denúncias realizadas pelos sindicatos, respaldadas pelo Sindifisco, quando confrontou os números do relatório do primeiro quadrimestre deste ano, que comprovam crescimento na arrecadação do estado, em contraponto ao discurso de crise do governo.

Recebidos pelo vice-governador
Com o forte apelo dos manifestantes em obter uma resposta, os representantes dos sindicatos pediam, durante o ato na porta do Palácio, diálogo com membros do governo. Inicialmente barrados, os líderes seguiram, após alguns minutos de tentativa, em comissão ao gabinete do vice-governador e chefe da Casa Civil, Belivaldo Chagas.
O encontro foi marcado pela explanação dos sindicalistas da pauta unificada das categorias. “Queremos uma concreta solução para os servidores sem apegos ao discurso de crise sustentada pelo governo”, disse Diego. Após a negociação, o secretário firmou o acordo perante dirigentes e jornalistas que no próximo dia 20 apresentará dados sobre gastos e despesas do governo, além do posicionamento sobre avanços.
“Os representantes também  irão se reunir durante este prazo estipulado pelo governo para avaliar a mobilização pela Campanha e os próximos trâmites. E não descartamos que poderemos realizar uma greve geral, a maior de todas, caso continuemos sem resposta ou avanço, após o anúncio no dia 20”, revelou.
Sem desconto das faltas

No encontro com o secretário, os líderes conseguiram confirmar o abono de faltas dos servidores referentes aos três dias de paralisação. “As medidas legais foram tomadas pelo Sintrase e pelos demais sindicatos para que não houvesse qualquer consequência negativa para o servidor com a suspensão das atividades. E tivemos a preocupação de, ainda assim, confirmar presencialmente com o vice-governador, já que não existem motivos para haver desconto para as categorias. Ele afirmou para todos que não haverá qualquer desconto nos contracheques”, finalizou.

 

 

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