A direção do Sintrase enfatiza a importância da liberdade de expressão e de imprensa, mas discorda das notas publicadas no Portal Infonet na última quinta, 26 de março, e hoje, dia 6, pelo jornalista Cláudio Nunes; esta última nota, destacando a necessidade de terceirização da vigilância nas escolas. O sindicato entende que o problema da vigilância das escolas do estado é resultado de diversos fatores, frutos da desorganização e falta de interesse da Secretaria de Estado da Educação (SEED) em proporcionar ambientes de trabalho saudáveis aos servidores, e em especial, aos vigilantes. A baixa remuneração e acúmulo de atividades – que afetam também servidores de outras classes – sobrecarregam os vigilantes, já que estes se encontram, atualmente, em um quantitativo reduzido, o que compromete o eficiente funcionamento das atividades nas escolas. A realização de concurso público é fundamental para minimizar estes problemas, juntamente com a implantação de uma justa política salarial.
Além disso, a violência nas escolas, vivenciada por toda a sociedade e enfrentada diretamente por estes servidores, retrata a falha na segurança pública do estado. Os vigilantes, proibidos de usar alguns equipamentos de segurança pessoal, sentem-se inseguros diante do caos que se tornou a realidade nas escolas, resultado da incompetência da SEED em proporcionar condições dignas de trabalho e remuneração para a classe.
Diante desta situação, o coordenador do Sintrase, Diego Araujo, acredita que responsabilizar os vigilantes pelos problemas ocorridos no cenário escolar é algo que deve ser banido do discurso. “Os vigilantes são as maiores vítimas do descaso e da irresponsabilidade da administração pública, e não os culpados por todo esse menosprezo prestado pelo governo”, declarou.
Em razão de todas estas cobranças, o Sintrase informa que já havia solicitado reunião com o Secretário da Educação, Jorge Carvalho, por diversas vezes, e promete reforçar a realização deste encontro ainda para esta semana. O sindicato aguarda a atenção da SEED para concretizar esta discussão.
(Nota publicada na coluna de Cláudio Nunes, na Infonet, no dia 6 de abril.)
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