Os servidores do estado participaram na manhã desta quinta, 12, do primeiro ato público após a suspensão da greve. A manifestação, realizada em frente à Secretaria de Estado da Educação (Seed) e em prol da valorização do serviço público e de melhores condições de trabalho, faz parte do calendário de mobilização da categoria, que permanece em vigília pela implementação integral do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) até o fim de maio.
“Esta manifestação representa a continuidade da mobilização dos servidores mesmo após o retorno aos postos de trabalho. O governador deve estar ciente que não estamos esquecidos do prazo estabelecido (até o atual mês) para implantar, de fato, o Plano, como ele mesmo divulgou”, afirma o presidente do Sintrase, Diego Araújo.
O presidente aponta que a categoria pede o pagamento do PCCV com reajuste em 24,31% (referente ao índice inflacionário) para garantir o ganho que o servidor teria em 2014, ano em que o Plano foi aprovado. “O salário mínimo naquele ano era de um pouco mais de 700 reais e o salário inicial na tabela do PCCV, 900 reais. Hoje, com o mínimo em 880 reais, o servidor exige o reajuste neste percentual, que equivale ao ganho real desde aprovação do Plano”, declarou.
No ato, representantes do sindicato e servidores também repudiaram a nota enviada pela Seed à imprensa, que culpa a greve pela falta de merenda escolar. “Não é novidade que há falta de alimentos e de produtos simples para preparo da merenda, ou seja, de condições de trabalho dignas nas escolas da rede pública estadual. É muito fácil culpar quem paralisa em protesto e não a sua própria má gestão, como faz o secretário estadual da Educação, Jorge Carvalho, que tenta colocar a sociedade contra a greve dos servidores; greve esta que não foi, em nenhum momento, decretada ilegal. Mas o secretário não consegue, porque quem convive nestes ambientes ou tem filho matriculado nas escolas da rede sabe que a merenda não é de qualidade e que a ausência de alimentos básicos para o preparo é frequente”, destacou Diego.
A próxima manifestação dos servidores está agendada para a quinta, 19, dia que antecede a reunião marcada com o governador Jackson Barreto (20). Neste encontro, o governo deve apontar definitivamente a implementação PCCV. “Se não houver uma definição concreta para implantação do Plano nesta reunião, uma nova assembleia com a categoria será chamada para redefinir as negociações”, finalizou o presidente.
Detalhes sobre o ato do dia 19 serão divulgados em breve.
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