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Servidores decidem encerrar greve da Administração Geral

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Os servidores da Administração Geral votaram, em assembleia realizada na tarde desta quinta, 27, pelo encerramento da greve. A paralisação, que teve seu desfecho deliberado por mais de 90% da categoria, alcançou 64 dias e já pode ser considerada a maior de toda Administração Geral.

De acordo com o coordenador do SINTRASE, Diego Araujo, mesmo com a escolha pela suspensão da greve, as negociações com o Governo não devem parar. Segundo Diego, a última reunião com o Governo aconteceu na tarde desta quarta, 26. “Estivemos com representantes da Secretaria de Planejamento (Seplag) e da Educação (Seed) para viabilizar a implementação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da categoria. Também estamos com outra reunião agendada com esses gestores e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para os próximos dias”, declarou.

O coordenador afirmou ainda que uma nova assembleia deverá ser realizada dentre 30 ou 40 dias para discutir o andamento das negociações sobre o Plano. “Particularmente, fui a favor da manutenção da greve, mas quem tem voz para decidir é a categoria. Os servidores entenderam que o momento era propício para o encerramento, visto que as reuniões estão acontecendo e já houve alguns avanços desde o início da paralisação, em junho”, revelou. “Mas, estamos atentos às decisões do Governo e se, durante este prazo estabelecido não houver avanço, outra greve não estará descartada”, enfatizou o coordenador.

Corte de pontos

Segundo Diego, alguns servidores sofreram com corte de pontos neste mês. “Mesmo sendo arbitrário, porque a nossa greve foi considerada legal, informações que o Governo descontou os salários de alguns servidores chegaram ao sindicato. Já entramos, inclusive, em contato com o Governo, para resolvermos os problemas desses servidores. Acreditamos que seja algo pontual”, informou.

Ainda de acordo com o coordenador, este foi um dos motivos discutidos na assembleia com a categoria, que acabou influenciando no encerramento da greve. “Mesmo tendo decisões a nosso favor, como a negação do pedido de ilegalidade da greve, feito duas vezes pelo Governo, e a determinação judicial para que houvesse a implementação do PCCV, a categoria optou, neste momento, pelo retorno às atividades, o que não significa dizer que a mobilização foi desfeita. Estabelecemos uma trégua, para garantir que mais salários não fossem cortados, mas os acompanhamentos das decisões sobre o PCCV continuam, inclusive, com prazo para a realização de uma nova assembleia”, afirmou.

Ganhos

Os servidores, que suspenderam suas atividades em 25 de junho, conseguiram um dos objetivos da pauta de reivindicações da greve, que foi a regulamentação do adicional de 30% referente à periculosidade dos vigilantes, em julho. “Era uma briga antiga do SINTRASE, que é o único sindicato que representa esta categoria, e que foi conquistado neste período, depois de muitos anos”, afirmou Diego. Mais de 1500 vigilantes da rede pública já recebem este valor desde o mês de julho.

A categoria deve voltar às atividades a partir desta segunda, 31.

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