SINTRASE e servidores do estado participaram na manhã desta quinta, 25, de um ato que sinalizou o início da greve por tempo indeterminado da categoria. A paralisação das atividades foi decidida em assembleia no último dia 18 e engloba cerca de 12 mil servidores públicos da Administração Geral, como merendeiras, vigilantes, oficiais administrativos e executores de serviços básicos de escolas estaduais, além de funcionários do Ipes, NAT e SSP dos Centro de Atendimento ao Cidadão (CEAC) aderiram à greve.
A principal pauta de reivindicação é a implementação na íntegra do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), que foi aprovado em julho do ano passado, mas não foi implantado em sua totalidade. “A paciência dos servidores chegou ao limite. Após um ano de espera pela implementação do Plano, cerca de 5 mil servidores continuam recebendo em seus contracheques valores abaixo de um salário mínimo. É este o salário vergonhoso que o governador insiste em pagar a um servidor público da Educação, por exemplo”, declarou o coordenador do sindicato, Diego Araújo. “As negociações sobre o PCCV esbarram no discurso do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O Plano custará cerca de 3 milhões de reais aos cofres e poderia ser implementado caso houvesse a exoneração de cargos comissionados na máquina pública”, afirmou. “A greve tornou-se um instrumento de luta e reivindicação da categoria, que não aguenta mais ser ignorada pelo governo estadual”, defendeu Diego.
Corte de ponto
De acordo com Diego, não haverá corte de ponto de quem parar as atividades a partir de hoje (25). “Só pode haver corte de ponto se houver alguma irregularidade com a greve, como ela ser considerada ilegal, e o sindicato não cumprir a ordem da justiça”, afirmou. O coordenador reafirma a importância da participação da categoria na mobilização da greve. “A adesão dos servidores na luta é fundamental, não se faz movimento grevista só com o sindicato. Não é o momento de se preocupar com uma possível decretação de ilegalidade. A categoria precisa estar unida para obter o que almeja, que é a implantação do PCCV em sua totalidade”, disse.
Os próximos atos da greve serão divulgados posteriormente pelo sindicato.
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