Os servidores de variadas categorias do quadro estadual aprovaram, em assembleia unificada nesta terça, dia 1º, uma nova paralisação de 24h para o próximo dia 9. Insatisfeitos com a situação caótica que vêm enfrentando por causa dos atrasos e parcelamento de salários e defasagem em mais de 30%, os servidores votaram por mais uma suspensão das atividades e não descartaram a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.
“Tivemos também como saldo da assembleia a aprovação de outras intervenções contra o governo, que foram discutidas e vão ser realizadas no decorrer dos próximos dias”, declarou Diego Araujo, presidente do SINTRASE.
“Esse vai ser o primeiro movimento paredista do mês após alguns dias de espera pela reunião e discussão técnica prometida por Belivaldo Chagas (governador em exercício à época, que havia agendado reunião para o último dia 20 de julho) aos sindicatos”, explicou Diego. Na última paralisação, que ocorreu no início de julho e durou 72h, as lideranças conseguiram se reunir com Belivaldo após um protesto com muito barulho na porta do Palácio dos Despachos. O então governador à época comprometeu-se a apresentar dados técnicos sobre a situação financeira do Estado e discutir diretamente com os sindicatos, promessa esta que não foi cumprida pelo representante do Governo.
“A indignação de servidores pais e mães de família e de aposentados e pensionistas diante do descaso do governo é geral porque atinge todo o funcionalismo público. O caos está criado e o problema vem crescendo gradativamente sem que ao menos a discussão com apresentação de números e dados sejam apresentados aos trabalhadores. Não há resposta clara sobre impasses e muito menos apresentação de soluções”, declarou o presidente.
A assembleia foi realizada também pelo Sindifisco (auditores fiscais), Sindconam-SE (condutores de ambulância), Sinter-SE (trabalhadores da Emdagro), Seese (enfermeiros) e Sintasa (trabalhadores da saúde); entidades que estão desde maio deste ano, quando foi lançada a Campanha Salarial, em tentativas de negociação com o Governo do Estado.
O encontro contou com o apoio dos assistentes sociais (Sindasse) e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-SE).
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